A Igreja Matriz do padre Evaristo
Que, branca de longe, na praça eu avisto
Com as torres sonoras, molduras da Lua
Viveu sua vida pros homens da rua
Aos farpos da vida
Esquecidos da fé
Que alegram, falantes,
O vizinho café
É coisa mais séria
E é só o que é
E aos pobres que habitam
Com tanta arrogância
As portas do templo
Sem dar importância
É quente por fora
Por dentro é distância
A Igreja Matriz do padre Evaristo
Que, branca de longe, na praça eu avisto
Com as torres sonoras, molduras da Lua
Viveu sua vida pros homens da rua
E as moças donzelas
Que, ali, adquirem
O nome senhora
Depois do casório
Achando que o amor
Antes é provisório
E as velhas senhoras
Que, em trajes discretos
Vão lá seriamente
Buscar seus afetos
É toda infinito
E acaba no teto
E as moças donzelas
A Igreja Matriz do padre Evaristo
Meu Deus do Céu, eu já não avisto!
A Igreja Matriz do padre Evaristo
Meu Deus do Céu, eu já não avisto!
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